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Início: Prancheta

Atualizado: 21 de dez. de 2023


Rigel sentado, a vitrola e a parede de pregos.

Waldemiro não era de muita conversa. Em um dia qualquer se muniu de um pacote de pregos e começou a martelar na parede de madeira da sala, contígua à casa do velho Kelé. Aquela parede havia sido motivo de discórdia com Edelzuita. Ele desconfiava que Kelé ouvia as conversas através dela e fazia intrigas.

No alto da experiência dos 15 anos, olhei curioso para aquela malha de pregos na parede.

No dia seguinte, ele preparou a massa e chapiscou tudo. Aonde ele quer chegar? pensei desconfiado.

Finalmente, rebocou a parede e pintou de branco.

Sorrimos, eu e Rigel.





Morro da Providência (1973)

Becos, escadas, calçadas e janelas; ao fundo a cidade.




















A Gamboa e a Ilha de Santa Bárbara (1973)

Fotos: Walmir Barbosa


Atualizado: 2 de dez. de 2021

A calçada não tem dono. Não é de quem a projetou, não é de quem a construiu.

Ela é de quem nela passeia, mora ou trabalha; dos transeuntes apressados e dos que vagueiam; é dos cachorros e dos bebês em seus carrinhos.

É também do lixo que aguarda os catadores e os garis, da banca de jornais, das mesas e cadeiras dos bares. Dos que bebem o chope em pé e dos que param para conversar ou namorar.

Se enfeita para as festas e se encolhe para consertar a tubulação do esgoto.

Só o meio-fio segura o seu desejo expansionista.

Calçadão de Copacabana


Calçadas Cariocas - Secretaria Municipal de Urbanismo 2019

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